O Junho Laranja é dedicado ao diagnóstico, prevenção e tratamento da anemia e leucemia, que apesar de as duas complicações ocorram no sangue, são problemas de saúde totalmente diferentes.
Existem muitas dúvidas sobre suas diferenças, devido alguns sintomas serem parecidos.
Qual a diferença entre anemia e leucemia?
A Anemia é um distúrbio do sangue caracterizado pela diminuição da quantidade de hemoglobina, o pigmento que confere cor aos glóbulos vermelhos – também chamados de hemácias ou eritrócitos –, cuja função é transportar oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo.
Esse oxigênio é necessário para produção de energia das células, e a redução acaba provocando a diminuição dos glóbulos vermelhos. Por isso, uma pessoa que sofre de anemia tem menor oxigenação no organismo.
Existem diversos fatores que podem causar a anemia, alguns são:
- Hemorragias intensas;
- Doenças crônicas;
- Doenças genéticas;
- Deficiência de vitaminas e sais minerais;
- Falta de ferro.
A principal consequência da anemia é o cansaço fazendo com que tarefas simples do dia a dia, como pentear o cabelo, podem se tornar exaustivas.
Leucemia é um tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue. A doença ocorre quando a medula óssea produz em grande quantidade essas células. Dessa forma, elas sofrem mutações, sendo impossibilitadas de cumprir sua função normal.
Esse desequilíbrio permite que as células leucêmicas comecem a se infiltrar na medula, fazendo com que a produção dos glóbulos brancos, plaquetas e glóbulos vermelhos reduza. Dessa forma, os sintomas mais comuns são:
- Infecções frequentes;
- Sensação de fraqueza ou cansaço;
- Manchas roxas ou pontos vermelhos na pele;
- Inchaço ou desconforto no abdômen;
- Perda de peso;
- Sangramento na gengiva e nariz.
Lembrando que esses sinais não se manifestam desde o início, e por este motivo é importante consultar um médico periodicamente e fazer exames de rotina, para evitar graves complicações.
O transplante de medula óssea é indicado para pacientes com leucemia, linfomas, anemias graves, imunodeficiências e outras 70 doenças relacionadas ao sistema sanguíneo e imunológico.
As chances de encontrar uma medula óssea compatível para um paciente são raras, podendo chegar 1 em 100 mil! Por isso, ao se tornar um doador, você está ajudando a diminuir essa distância.
Para ser um doador de medula óssea:
É preciso ter entre 18 e 35 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante). Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa para esclarecer dúvidas a respeito da doação.
Em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10ml) para a tipagem de HLA (exame de histocompatibilidade que identifica as características genéticas de cada indivíduo).
Os dados do doador são inseridos no cadastro do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.
O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.
Fontes:
GRAAC
INCA
SANTO REMÉDIO